diz-se

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Helen - Georgia



No fim de semana passado resolvi ir ate as montanhas a norte de Atlanta para matar saudades de pedalar com alguma inclinacao. Soube mesmo bem para variar desta monotonia que me rodeia. Mas nao e isto que me faz escrever.
Fiquei perto de uma terriola chamada Helen. E Helen nao e mais do que uma reproducao de uma aldeia da Baviera. Presumo que alguma comunidade alema se tenha instalado naquela terra em outros tempos e agora todas as casas, restaurantes, cafes,...sao replica dessa arquitectura. Ate aqui tudo bem. E obvio que nao deixa de ser mais uma forma de explorar o consumismo pois a viloria traz imenso turismo para ver umas replicas mas pronto. Esta sociedade e assim.
Mas o que foi fantastico foi irmos jantar a um bar local em que estava pejado de habitantes locais. As figuras eram de chorar a rir. De repente vi-me num filme americano com todos os cromos rednecks a face da terra. Surreal. Desde a obesa, com a t-shirt cheia de nodoas e chinelos de quarto, ao fulano de mullet, camisola caveada, tatuagem e texanas, ao gajo tipico de camuflado. Havia de tudo um pouco. Infelizmente nao podia tirar fotos pois o risco de levar um enxerto era elevado mas que dava um belo album de fotos, la isso dava....





quarta-feira, 23 de maio de 2012

A banda do Edward no Tabernacle



Na passada 2feira fui ver a banda do nosso amigo Edward em Atlanta. Ora vamos ao relatorio:
- Local do concerto - The Tabernacle - antiga igreja baptista com mais de cem anos - um espaco muito giro a fazer lembrar o Teatro Sa da Bandeira. Mas com um grande, grande defeito: pior acustica que alguma vez ouvi. Se os concertos la sao sempre assim nao sei como continuam a ter espectadores...
-Concerto - foi um concero longo mais de 2 horas em que abriram com o 40 Day Dream e que por isso anunciava uma grande festa. No entanto nao passou de falso alarme. O concerto acabou por estar uns furos abaixo das expectativas. A banda, constituida por 12 elementos, nao se mostrou coesa (exemplo disso foi de na musica "Jade" a Jade nao estar a maior parte do tempo em palco e ter sido o Alexander a ir busca-la a meio da musica ja com cara de poucos amigos...). O alinhamento deixou a desejar e a roupagem que deram as musicas nao ajudou. Por vezes pareceu que as musicas estavam mais lentas do que no CD. Mas o principal foi a falta de alegria que eles demonstraram quando comparando com o concerto de ha dois anos. Nessa altura todo o concerto tinha um ritmo muito proprio e a alegria era contagiante. Agora essa alegria nao foi transmitida em todo o concerto. Claro que houve excepcoes, como em "Home", "Carries on", "Om Nashi Me" em que o publico foi ao rubro. Mas infelizmente foram excepcoes.
No geral foi um concerto agradavel mas talvez as expectativas estivessem demasiado la em cima (expectativas criadas por eles no concerto de ha 2 anos). Nao quero ser mal interpretado e espero voltar a ve-los muito em breve. Quanto mais nao seja para ver o Alexander dancar e saltar. Imbativel...








segunda-feira, 21 de maio de 2012

HERE

Rápido Luis.
Está tudo aqui. O novo álbum.
A alegria chega assim, da forma mais inesperada. O Man on Fire é já uma festa, em forma de clássico eterno, moderno. Vamos ouvir o resto. Abraço

http://www.npr.org/2012/05/20/152292529/first-listen-edward-sharpe-and-the-magnetic-zeros-here#playlist

(mais coisa menos coisa teremos de ter uma etiqueta BANDO DO EDWARD no nosso blogue)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Arranja-me um (des)emprego

Então é isto. O presidente da república lamenta publicamente as suas dificuldades financeiras. O primeiro ministro, esse, encoraja o povo desempregado dizendo que isso, de estar desempregado, é quase uma oportunidade maravilhosa. Que 15% da população já saboreia. Portugal é dos portugueses e temos aquilo que merecemos.
Esta ideia do empreendorismo para todos é das mais bizarras. Não há trabalho? Inventem. Não há poder de compra, não há créditos, não há dinheiro, não haverá até muitos clientes mas abram o vosso negócio. Vamos todos abrir uma mercearia de bairro. Ou uma alfaiataria. Ou uma tabacaria smoke free. Uma sex shop 2 em 1 em que tudo é comestível. Menú do dia com bebida incluída à hora do almoço e uma happy hour a partir das 17h. Vamos ser criativos e vender gadgets muito bonitos ou panelas também bonitas ou macacos do nariz ou bolas de cera das orelhas. Tudo para exportação com o selo Made in Portugal. Ou vamos plantar o Alentejo e o Minho e o Algarve. Ou vamos para o mar, de cana de pesca ou num bote a remos. Refundemos, nós próprios, as confecções do Vale do Ave, vamos abrir um hostel em cada esquina, uma livraria só de livros para kindle, lojas de disco on line mas de rua. Uma loja de APPS em papel.
Vamos, com entusiasmo e sem medos, sair desta crise. Afinal são já quase 1 milhão de desempregados que tanto podiam fazer. Vejam as oportunidades, pá, elas estão todas aí. Podemos ter, num ápice, 1 milhão de novos negócios. De novas empresas! (Não me recordo é de ter ouvido o sr primeiro ministro falar sobre medidas de incentivo ao tal empreendorismo. Mas já ouvi muitas que atrapalham).

Eu tenho um emprego. Apesar de receber menos do que recebia há uns meses e trabalhar bastante mais. Mas tenho um emprego. Mas além disso tenho uma ideia. Até podia dizer "tenho um projecto em mente". Ando com isto na cabeça, e muito pouco nas mãos, há três ou quatro meses. Pode vir a ser um entretenimento, um complemento ou até uma coisa de futuro. Até porque tenho a minha gaja como parceira. Ou sócia?
Mas, lá está, tenho emprego e umas quantas bocas para alimentar e não saio disto. Da ideia. Não me sobra tempo para dar forma ao nosso negócio. E tenho de encontrar uma palavra para não usar mais esta. Negócio.
Pedro, não consigo agarrar esta oportunidade. Lá está. O sr primeiro ministro tem razão. Eu devia era estar desempregado. Já agora, o sr primeiro ministro também.

O Sérgio Godinho tem de mudar a letra da canção.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Se eu fosse uma banda...

Dry the River

Ultimamente tem estado muito em voga esta nova vertente indie que passa por um Bon Iver, Wild Beasts, Patrick Watson, Andrew Bird, and so on. Nao que esteja a dizer que sao todos iguais mas apenas para falar num estilo de uma forma abrangente.
Os Dry the River estao nesse lote. Ha dias li na NME que o vocalista poderia ser a imagem do filho do Antony Hegarty e Surfjan Stevens. Seria dos dois?! Scary!
Enfim, vale a pena dar o beneficio da duvida e ouvir a musiquita dos mocos...


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Big Bird In My Own Backyard

O Just Another Ordinary Day passou-me longe. Em 2003 o Canadá estaria mais distante do que viria a estar em 2006. Nesse ano, um ano depois deste lado do Atlântico, o Close to Paradise fez-me reparar. E ouvir. E repetir. E repetir. Até hoje. Em 2008 fui até à Aula Magna para nunca mais esquecer. O Wooden Arms, em 2009, não fosse o Big Bird in a Small Cage, não trouxe par para o Man Under the Sea ou Bright Shiny Lights depois de The Storm ou... enfim. Quase deixei de ver o paraíso do Patrick. Mas agora volto a reparar no seu quintal e dos seus elementares Watson.
O que já ouvi do novo álbum deixou-me com o dedo colado no repeat. Mas sou assim. Capaz de fixações exageradas.  E a música é sempre a primeira vítima quando sofremos de burnout. Sofremos?
Eis o moço, os moços aliás, outra vez, que já aqui tinham estado, no SXSW 2012.
Pró ano vais tu. Vamos nós. Isso é que era.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Dead Combo

Amanhã os Dead Combo sobem ao palco da Aula Magna. Serão, mais ou menos, 1500 pessoas.
Assisti a um concerto dos Dead Combo há oito anos. O primeiro. Foi no Bicaense. Eles a um canto. Já com as roupas esquisitas. Sapatos brancos. Chapéus. Fato listado. Nós por ali sentados. No chão. Ou em cadeiras que colocávamos mais a gosto. Seriamos vinte, vinte e cinco. Vi-os depois em muita Lisboa. Cinco anos depois não entrei na ZDB. O concerto estava esgotado. Nesse primeiro, do Bicaense, o preço não se pagava.
Mas na ZDB, antes desse dia de fila comprida a fugir pela rua da Barroca, vi dois ou três concertos dos Dead Combo. Em 2004 eu chegava a Lisboa ao som do Rumbero. Também estive no Santiago Alquimista quando eles fizeram a primeira parte dos Bunnyranch que esses, nem nesse dia, vi. E no Porto no Passos Manuel com a Beatriz pela mão dos seus quase seis anos. E no Maxime já a cantar Ai que vida. E, antes, em Famalicão onde eu depois do concerto, já alcoolizado, meti conversa, parva, com os moços. E fiz figura de parvo. Eles que nem são simpáticos. Nem antipáticos. E que os vejo muitas vezes nesta, deles, Lisboa.
Amanhã estão na Aula Magna. Já depois do São Luiz com a Royal Orquestra das Caveiras, depois de festivais e tantos tantos concertos e quatro álbuns editados e mais uns extras.
O tempo confirmará. Mas Vol.1, de 2004, será uma das maiores referências da música portuguesa. E eles não se deixaram estragar. Parece-me bizarro estarem na Aula Magna. Por me parecer grande esse espaço.
Amanhã gostava de estar na Aula Magna.


Diferencas

Estive de ferias durante a ultima semana. Depois de uma curta incursao a Europa ja estou de regresso a parvonia. Assim em poucos dias estive em 3 paises: EUA, Portugal, Espanha.
Fui 3 dias a Madrid e posso dizer que continuo a gostar da cidade. Tem tudo para ser um bom sitio para viver. Desde os concertos passando pelos restaurantes, museus ou simplesmente ruas. Gosto.
E claro, estive na minha cidade. No Porto. E posso dizer que apesar da crise do pais, a invicta torna-se a cada dia que passa um sitio mais apelativo para viver. O aumento de turistas que as low cost trouxeram para a cidade apenas a beneficiou e nao o contrario. Cada vez que volto ao Porto abriu mais uma serie de restaurantes, bares, cafes, hoteis, hostels,... E a maior parte sao sitios com personalidade, nos quais os donos perderam algum tempo a pensar no conceito. Sendo por isso locais em que nos sentimos bem e aos quais queremos voltar.
Alem disso as proprias pessoas. Exemplo: coincidiu a minha estadia com o sabado no qual foram feitas as inauguracoes das galerias. Fui ate la dar uma volta  e posso dizer que fiquei agradado com o que vi. Pessoas bem vestidas, bem pintadas e/ou penteadas, enfim com pinta. Se calhar agora dou ainda mais valor a isso uma vez que na parvonia a malta deixa um bocadinho a desejar. E e uma pena porque ha mulheres muito bonitas por estas bandas (homens nem tanto). O bom gosto e que perdeu-se algures no espaco e tempo....
Isto tudo para dizer que o Porto e sem duvida uma cidade muito interessante para visitar. Quer seja turista ou imigra...